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Agende uma consultaAs cirurgia bariátrica é uma opção de tratamento para pacientes com obesidade que não tiveram sucesso na perda de peso com o tratamento clínico. Antes um procedimento que demandava longo período de internação, os avanços da medicina permitiram que a cirurgia passasse a ser realizada com um elevado nível de segurança, com uma internação curta. A cirurgia laparoscópica permitiu uma recuperação com menos dor. Além disso, novos entendimentos sobre o paciente obeso e sua recuperação, permitiram um retorno mais rápido às atividades, com curto período de internação.
Para ser submetida ao tratamento cirúrgico, alguns critérios devem ser preenchidos. São eles:
Além disso, paciente e seus familiares devem compreender os riscos de uma operação, a necessidade de mudança de hábitos e do acompanhamento multidisciplinar para toda a vida.
O paciente que irá ser submetido à cirurgia, noralmente já passou por anos de tentativas de perda de peso sem sucesso. Estudos têm mostrado que conseguir perder grande quantidade de peso (normalmente 30 - 50kg) apenas com dietas e atividade física é um caminho que quase ninguém consegue percorrer. Ainda mais quando se fala em manter a perda de peso para o resto da vida. A frustração com tentativas prévias, assim como com a descrença de familiares e amigos na capacidade de perda de peso gera angústias que só quem vive com peso em excesso sabe. A cirurgia bariátrica já mostrou que consegue atingir objetivos melhores do que qualquer tipo de dieta isoladamente. Isso acontece pois ela ajuda da seguinte maneira:
Para determinar fatores de risco e evitar complicações no tratamento cirúrgico, o paciente deve ser submetido a uma avaliação pré-operatória cuidadosa. Ela é realizada por uma equipe multidisciplinar que inclui profissionais da área de psicologia, nutrição, endocrinologia, nutrologia, clínica médica, cardiologia e outras que o médico cirurgião julgar necessário. Além disso, a avaliação inclui a realização de exames laboratoriais (sangue), de imagem (raio x, ecografia), endoscopia digestiva alta, entre outros. A avaliação completa permite uma visão detalhada sobre a saúde do paciente antes da realização do procedimento, podendo corrigir alterações graves e preparar o paciente para uma cirurgia segura e com bons resultados. Estudos mostram que quanto melhor a preparação do paciente, melhores os resultados em relação a complicações e perda de peso. Por isso, não tenha pressa nesse momento. Entenda que cada detalhe é importante e essencial para o sucesso da cirurgia.
Existem dois métodos de realização de uma cirurgia bariátrica: aberta (convencional) e por videolaparoscopia. O primeiro envolve a realização de cortes grandes no abdômen, o que traz uma recuperação um pouco mais lenta. Já o segundo, é realizado com pequenas incisões – cerca de 1 cm – na mesma região.
Na videolaparoscopia é utilizado gás carbônico para insuflar a cavidade abdominal, criando um espaço para que sejam utilizados a câmera de vídeo, instrumentos cirúrgicos e grampeadores especiais no corpo do paciente. Isso faz com que seja menor a manipulação dos órgãos intra-abdominais, sendo uma cirurgia menos agressiva.
Além disso, essa técnica tem como benefício a menor intensidade de dor pós-operatória e menor tempo de internação hospitalar. Por esses motivos, essa é a técnica utilizada em quase a totalidade das cirurgias. Porém, é importante saber que a cirurgia convencional pode ser necessária em qualquer paciente. Os dois tipos são realizados com anestesia geral.
Como todo procedimento cirúrgico, existem riscos relacionados à cirurgia bariátrica. Complicações mais simples acontecem com alguma frequência, como equimoses (roxos na pele), flebites (inflamação de veia superficial), entre outras, e têm tratamento simples. Com o avanço nos métodos de tratamento e cuidado do paciente obeso, complicações graves (como sangramentos importantes e fístulas) são cada vez menos frequentes. Nos dias de hoje, o óbito relacionado à cirurgia bariátrica, quando realizada por profissionais qualificados e em centros cirúrgicos de grande volume, é muito raro. A segurança da cirurgia é comparável a cirurgia de retirada da vesícula.
Complicações a longo prazo incluem anemia, carência de vitaminas, queda de cabelo, alterações do paladar, azia e queimação. Todas podem ser minimizadas com os cuidados específicos. O paciente tem um papel fundamental quando se fala em evitar as complicações. Não se esqueça: todas orientações foram dadas por profissionais com experiência em cirurgia bariátrica, pensando no seu bem estar e no sucesso do procedimento.
Após a operação é necessário que o paciente realize um acompanhamento multidisciplinar ao longo de toda a vida para garantir uma boa recuperação e a manutenção do resultado. Além do cirurgião, é preciso que o acompanhamento inclua nutricionista, psicólogo ou psiquiatra, endocrinologista ou nutrólogo. Outros profissionais também podem ser importantes, conforme a necessidade de cada paciente. A realização de exames e a regularidade das consultas varia caso a caso.
Lembre-se que as alterações após a cirurgia podem surgir a qualquer momento. Faça acompanhamento regular, e para o resto de sua vida! Isso permite que pequenas alterações sejam corrigidas ainda no início.
Existem quatro tipos de cirurgia bariátrica aprovados pelo Conselho Federal de medicina, são elas:
• Bypass gástrico em Y de Roux
• Sleeve (Gastrectomia Vertical)
• Banda Gástrica
• Derivação Biliopancreática
Destes, os dois primeiros (sleeve e bypass) são os que possuem os resultados mais consistentes associado com menor risco de complicações. A determinação de qual tipo de cirurgia é indicada para cada paciente depende de uma minuciosa avaliação pré-operatória e da informação e do entendimento por parte do paciente e familiares das alterações específicas de cada método. Logo, isso costuma ser definido no final do processo.
No Bypass gástrico em y de Roux o estômago é dividido em dois. A menor parte, que fica com uma capacidade aproximada de 50ml, tem um formato de bolsa e ganha uma ligação direta com o intestino. O alimento passa a ter o trajeto desviado da primeira parte do intestino delgado. É considerada uma cirurgia reversível, apesar de apenas raramente ser necessário desfazer a cirurgia.
Na cirurgia bariátrica Sleeve (Gastrectomia Vertical) o estômago é grampeado e dividido em duas partes. A maior, onde é produzida a grelina (hormônio da fome), é retirada. O restante fica em forma de um tubo com cerca de 100ml de capacidade e que receberá o alimento e encaminhará para a primeira porção do intestino delgado. É considerada uma cirurgia irreversível