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Agende uma consultaÉ importante entender a diferença entre cirurgia bariátrica e cirurgia metabólica. A primeira está indicada em pacientes com obesidade que necessitam perder peso, seguindo critérios já mencionados. A cirurgia metabólica é um termo mais recente usado para definir o uso da cirurgia para o melhor controle das doenças relacionadas à síndrome metabólica, principalmente o diabete melitus tipo 2 (DM2), mesmo em pacientes com peso mais baixo do que aqueles que são submetidos à cirurgia bariátrica. O entendimento do diabetes como uma epidemia mundial, e o conhecimento do seu papel no aumento do risco de complicações cardiovasculares (infarto, derrame, entre outros) e mortalidade, fez com que se procurasse alternativas mais efetivas no controle dessa doença. Em 2017, o conselho Federal de Medicina definiu as indicações para cirurgia metabólica:
- Paciente precisa ter DM 2 e ter IMC entre 30 kg/m² e 34,9 kg/m²
- Precisa ter mais de 30 anos e menos de 70 anos
- Precisa ter DM tipo 2 há menos de 10 anos
- A indicação cirúrgica precisa ser feita por dois médicos especialistas em endocrinologia
- Para indicação, é necessário um parecer que mostre que o paciente apresentou resistência ao tratamento clínico com antidiabéticos orais e/ou injetáveis, mudanças no estilo de vida e que compareceu ao endocrinologista por no mínimo dois anos
- Paciente não pode ter contraindicações para a cirurgia
As técnicas cirúrgicas são as mesmas utilizadas a cirurgia bariátrica. Sabe-se hoje que a cirurgia com melhor potencial metabólico e com menores complicações é o bypass gastrico, porém o sleeve também pode ser utilizado nessa situação.
Os resultados de estudos comparando o tratamento convencional com a cirurgia metabólica para o cotrole do diabetes tem mostrado bons resultados a curto e longo prazo, diminuindo a mortalidade cardiovascular relacionada à doença. Após a cirurgia, muitos pacientes podem ficar períodos sem necessitar uso de medicação para o controle do DM2. Isso é considerado um período de remissão, e não cura.